segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Intempéries...

Tento acreditar que não só se refere a mim, mas é difícil...

Tento pensar que as pessoas a minha volta também convivem com problemas parecidos, mas há algo errado...

Tento conciliar pensamentos com os outros, mas eles não me vem...

Tento garantir uma verdade, não única, mas ela parece não existir...

Tento organizar minha pessoa, mas acho que não serei nunca organizado...
Ou será que ser como eu sou é estar organizado???
Se é, como dizer que não é???

Tento acreditar que o tempo é o melhor remédio...
Melhor remédio para que???
Para quem???

Se estou parado, é porque estou parado...
Se me mexo, é porque estou em movimento...

Pessoalmente o tempo não me está sendo o melhor remédio...
Acredito sim nos seus pontos positivos, mas positivo para os outros pelo que vejo...

O mundo gira e por girar todo dia passamos pelo mesmo ponto...
Mas será que esse ponto realmente é o mesmo ponto???

Será que no exato momento em que passamos por esse ponto, experimentamos sensações, pensamentos ou vivências parecidas com o que vivemos ontem ou mesmo antes disso???

O tempo nos dá certezas não tão certas assim...
Decidimos coisas, por exemplo o amor, mas que com o tempo sem o uso dele, nos faz pensar se podemos resgatar aquele amor em seu contexto inicial...

E por não saber se é possível esse resgate, ficamos na dúvida se ele realmente existiu naquele determinado momento, ou se foi um ato falho da nossa consciência que definiu que seria bom naquele momento e que também seria a melhor ação/opção...

O mundo dá voltas... Nossas prioridades mudam...
Mas nossos sentimentos não...
Se amamos... Não uma paixão...
Mas se amamos com todo nosso ser... Com todas nossas forças...
Mesmo que esse amor não seja correspondido, será que o esquecemos???
O será que fingimos que esquecemos...

E se esquecemos, será que podemos resgatá-lo???
Recuperá-lo e descobrir que naquele determinado momento ele não era correto...
E que agora ele seria bem colocado???

Ou será que ele se perdeu para sempre...
Demonstrando que somos pessoas superficiais e, que na verdade nunca ao menos amamos???
Mas sim que criamos softwares para enganar o funcionamento do hardware "cérebro", para que o mesmo se sacie da necessidade de emoções... Das necessidades de tensões...

É vivendo nessa confusão, mental e digamos até espiritual, que deixo a seguinte questão...

Se podemos amar, mas sabemos que o amor nem sempre é uma flor, porque continuamos a tentar amar???

Eu sei qual seria minha resposta, mas prefiro que ela comigo fique...