domingo, 27 de dezembro de 2009

E mais um Natal que se passa...

Pois é...
O ano começou...
O dias foram passando...
O cansaço foi aparecendo...
E por fim o Natal foi chegando...
E chegou tanto que já passou...

E agora???

Agora???
É ter que se organizar...

Por onde começo???
Se organizo a razão, perco no coração...
Se tento o coração, esqueço da razão...

Nesse ponto o que conta é a razão x o coração???

Não sei...
Cheguei num impasse que não sei se um ofusca o outro, ou se o outro ofusca um...
Não sei se um é diferente do outro, ou se os dois são a mesma coisa...
E se os dois são a mesma coisa, não poderiam ser somente parecidos???

Se eu procurar a razão, talvez não ache nem seu sentido...
Mas se digo que não tem sentido, é porque de algum modo há razão...

Se eu "converso" com meu coração, de algum modo lá se vai minha razão...
E essa razão é a de pensar...
A de dizer, "o coração não conversa"...
"O coração somente sente..."
Mas sente o que???

Nessa parte faço um adendo as palavras de uma pessoa "pouco" culta, Vinícius de Morais...

"De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."

Acho que o que o coração sente é um pouco do que é dito...
A parte talvez, talvez não, mais significativa para mim nesse soneto é seu final...

"Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."

O infinito é nada mais do que aquele horizonte, você o vê, mas não sabe onde ele se finaliza...
Imortalidade existe enquanto alguém se lembrar de nós...
O dia em que nos esquecerem, nós não mais existiremos...

E por fim, pois tudo na vida tem um fim, não sei como proceder...
Mas quero tentar, se não forem a mesma coisa, unir o coração e a razão...
Quem sabe assim esse "buraco" ao qual me encontro seja por fim preenchido e por fim vivido...

E assim mais uma viagem sai da cabeça desse ser que vos escreve...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Quem sabe...

Quem sabe neste destempero, ao fim de um cruzeiro tudo se esclareça...
Quem sabe neste cruzeiro, a tristeza vá embora...
A alegria abra a porta...
O esquecimento vire esquecimento...

Estou perdido, e tão logo estou sumido...
Eu rio para esconder uma lágrima...
Eu choro porque tenho que chorar...

Eu sou o "pilar" da saúde...
Mas minha saúde ninguém conhece...

O meu problema é ser extrovertido...
Por assim ninguém nota a minha introversão...

O que mais gosto é minha casa...
Mas minha casa me incomoda...

Sei que estou sendo confuso...
Mas a confusão reflete meu momento...

Queria ser menos eu...
Mas não queria ser nenhum outro...

Meu coração está carente...
E ao meu lado não vejo a solução...

Uma sopa de palavras...
Mas as palavras dão um gosto ruim a sopa...

As pessoas procuram o amor...
Só o amor não me procura...

Mas não se engane quanto uma coisa...
Eu sou uma pessoa feliz...

Só meu cérebro é que condiz...
Mas se pudesse mudar alguma coisa em minha vida...

Nada mudaria...
Pois nada ficaria...

Se tudo fácil...

Seria...

Um bom descanso à sua mente, pois a minha ainda trabalhará incessantemente...